sábado, 9 de maio de 2009

Introdução

A arte tem uma importância que extrapola seu valor material enquanto objeto de produção humana, pois entendida enquanto patrimônio cultural permite a reflexão sobre questões que estão implícitas; O objeto artístico é impregnado de códigos e elementos de significação intencionalmente postos pelo artista. Por esta razão podemos justificar historicamente o distanciamento proposital do individuo comum dos códigos da arte, politicamente impostos à educação, pois a arte representa a história de um povo, a visão de diferentes ângulos que normalmente não são contados na história narrativa, o artista em determinados momentos utiliza a arte coma forma de denuncia, traz um contexto impregnado de sensações e emoções, inserindo na história personagens excluídos com uma grande carga de humanidade.
Vários artistas se destacaram em sua época por retratar a história como ser participante do fato, retratando-a através das imagens diferentemente do historiador que relata a história de forma imparcial e data os fatos de forma quase jornalística, o artista está imerso em suas obras sem se distanciar do contexto em que a obra foi realizada.
O desafio do docente consiste em compreender a expressividade de cada obra levando em consideração o valor artístico destes códigos, mas ao mesmo tempo “enxergar” o contexto sociológico que acompanha a criação artística.
Fomos educados para reverenciar os padrões estéticos Europeus, matriz cultural imposta pelos colonizadores; a educação nos leva a um olhar crítico que amplia nossa visão em termos sócio-culturais, por exemplo, na disciplina História, já é claro o quanto precisamos romper com esses padrões e valorizar nossas raízes antropológicas, no entanto, quando falamos do Ensino da Arte, ainda apresentamos um olhar ingênuo, ensinar Arte é a tradução do ensino da técnica. Assim a disciplina Arte é relegada ao rol dos conteúdos menores e para “aqueles poucos” que tem dons artísticos.
A Arte é uma área de conhecimento, que tem seus próprios conteúdos e habilidades específicas, que precisam ser explicitados e compreendidos. O trabalho com a Arte não deve ser reduzido a aspectos relativos à recreação, equilíbrio psíquico, expressão criativa e desenvolvimento de habilidades motoras. Assim, ao educarmos com Arte, é preciso ter discernimento quanto aos objetivos de cada atividade proposta e estabelecer critérios de avaliação de seus processos e resultados, para que sejam
claros aos professores e aos alunos. Milene Chiovatto e Gabriela Aidar- Núcleo de Ação Educativa da Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Autoria: Derany, Grace e Neylimarcia.

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